Instituto Pensar - Butantan inicia a produção local da vacina Coronavac

Butantan inicia a produção local da vacina Coronavac

por: Eduardo Pinheiro 


O Governador do Estado de São Paulo João Doria (PSDB) na coletiva de imprensa no Instituto Butantan. Foto: Reprodução

Nessa quinta-feira (10), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o início da produção final da vacina Coronavac pelo Instituto Butantan. Em resposta à demora do Ministério da Saúde, 11 gestores estaduais já negociam a compra do imunizante desenvolvido desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac.

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A produção local da Coronavac teve início na noite da última quarta-feira (9), na fábrica do Butantan em São Paulo. No entanto, somente depois de concluído o processo de transferência de tecnologia da Sinovac, previsto para o fim de 2021, é que a produção poderá ser 100% nacional.

Neste primeiro momento, somente a etapa final da fabricação será feita no Brasil, com a importação da matéria-prima (ingrediente ativo) da China e formulação, envase e rotulagem feita nacionalmente. Também estão sendo realizados testes de qualidade.

Por enquanto, só foram importadas da China 120 mil doses prontas da Coronavac e matéria-prima para a fabricação local de 1 milhão de unidades do produto. Novas remessas devem chegar entre dezembro e janeiro. O acordo com a gestão Doria prevê 6 milhões de doses prontas e insumos para a produção de outras 40 milhões de doses.

Os Estados que negociam a compra da Coronavac são Acre, Pará, Maranhão, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul.

Ao todo, 276 municípios também já formalizaram o interesse na aquisição do imunizante e, de acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, outros 912 também já manifestaram a intenção, que "deve ser formalizada nos próximos dias?.

Ministério da Saúde e Anvisa

Doria afirmou que ainda não recebeu nenhuma comunicação formal do Ministério da Saúde sobre um eventual interesse do governo federal em comprar doses da vacina do Butantan. De acordo com o diretor do Instituto, se o governo formalizar o interesse na vacina, as doses, então, seriam ofertadas todas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e de lá distribuídas para todo o País.

"Não tem sentido qualquer outra alternativa?, afirmou Covas. "Basta me ligar e eu prontamente colocarei as vacinas à disposição do Ministério da Saúde?.

Covas disse que o Butantan tentará, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os dois caminhos possíveis para registro da Coronavac.

"Brevemente teremos os resultados da fase 3 (eficácia). Submeteremos (os dados) tanto pelo rito normal quanto pelo uso emergencial?, disse.

Ele também não descartou a possibilidade de pedir liberação excepcional de uso para a Anvisa a partir da aprovação do imunizante em outros países com base na Lei Federal 13.979/2020, que autoriza a importação de produtos e insumos sem registro no País, contanto que eles tenham licença em Estados Unidos, Europa, Japão ou China.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo



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